domingo, 17 de maio de 2009

Sete Fontes: visita, pontos de vista e mapa

As Sete Fontes são um sistema de captação e condução de água do século XVIII e são consideradas um dos monumentos mais ricos de Braga. No ano passado foram elevadas a Património Nacional, facto que faz com que sejam protegidas, preservadas e defendidas por várias istituições. Em Março, realizou-se uma marcha de sensibilização para preservar e melhorar a referência material das Sete Fontes. Foi organizada pela Junta de Freguesia de S. Vitor, Associação para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural e Natural (ASPA) e JovemCoop. A preocupação foi a de que a construção do novo hospital de Braga não destruisse os lençois de água aí existentes.

Mas, afinal, o que são as Sete Fontes? Qual a importância que têm para a cidade? Estas e outras perguntas foram respondidas por Ricardo Silva, presidente da JovemCoop, numa visita guiada ao complexo. Fala de um "lugar mágico" preenchido por água que, outrora, abastecia a cidade.

Actualmente são apenas seis as minas de água, porque uma delas foi completamente removida. São as "Minas Gémeas do Dr. Alvim", a "Mina dos Órfãos", a "Mina do Dr. Sampaio", a "Mina do Dr. Nozes" e a "Mina do Dr. Amorim". Os nomes estão todos associados aos proprietários das quintas onde elas estão localizadas.

Na visita guiada, Ricardo Silva fala das particularidades de algumas minas, da bica de abastecimento público das Sete Fontes e das condutas de água. Veja o vídeo:




A dicotomia entre a construção e a preservação do património tem gerado muitos debates e discussões a vários níveis em Braga. As opções que têm sido feitas pela Câmara Municipal são contestadas por vários quadrantes. O caso das Sete Fontes é disso exemplo. O vídeo que se segue mostra o que os vários protagonistas por nós entrevistados pensam do assunto.

O presidente da Junta de Freguesia de S.Vitor, Firmino Marques, considera que houve “ausência de planeamento” para um local histórico e uma reserva em termos patrimoniais. Já Miguel Bandeira, geográfo e membro da ASPA, acha que a marcha realizada em Março se deve à “importância” que as Sete Fontes têm para a comunidade. Ricardo Silva, presidente da JovemCoop, diz que a contestação para a defesa da zona das Sete Fontes nasce da "vivênvia isolada” a que o Município de Braga se remete.

Ideias que vão contra o pensamento do vice-presidente da Câmara de Braga. Nuno Alpoim diz que “o património das Sete Fontes só existe, ainda, porque foi preservado pela Câmara Municipal”.

Confira no vídeo:


No mapa pode ver-se a extensão do complexo das Sete Fontes:

Ver mapa maior

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